Ana Paula Bimbati e Mariana Durães
O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu hoje na capital mineira, aos 77 anos. A informação foi confirmada pela prefeitura.
O que aconteceu
Prefeito estava internado desde 3 de janeiro, dois dias após tomar posse virtualmente para seu segundo mandato. Foi uma de várias internações desde que descobriu um câncer no sistema linfático, um linfoma não-Hodgkin, em julho de 2024, quando ainda era pré-candidato. Fuad passou por cirurgia e continuou em tratamento, mas sua saúde foi se debilitando, o que ocasionou novas internações.
A causa da morte foram as consequências das complicações do câncer. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória às 22h de ontem, foi reanimado, mas respirava com aparelhos. Segundo a equipe médica, estava com insuficiência renal aguda e entrou em choque cardiogênico -quando o coração não consegue bombear sangue para os outros órgãos.
Nascido em Belo Horizonte, o prefeito deixa esposa, dois filhos e quatro netos. "Fuad era conhecido por seu trato gentil, sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte. Um homem público íntegro, cuja história se confunde com o desenvolvimento da nossa cidade", declarou a Prefeitura de Belo Horizonte, em nota.
Nas eleições de 2024, o político do PSD reuniu uma frente de esquerda para vencer Bruno Engler (PL) no segundo turno. Foi apoiado pelo presidente Lula e por dois rivais do primeiro turno, Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT). Acabou reeleito com 53,73% dos votos, contra 46,27% do adversário, e citou a "virada história" em seu discurso de vitória -Engler ficou na frente no primeiro turno.
Fuad tomou posse virtualmente no dia 1º de janeiro. Ele não esteve presencialmente no ato oficial na Câmara de BH, devido à imunidade baixa por ter sido submetido ao tratamento contra o câncer.
O vice-prefeito Álvaro Damião (União) vinha governando a cidade interinamente desde janeiro. Damião lamentou a morte de Fuad. "Ele nos deixa um exemplo de vida e um legado de compromissos com a causa pública. Não vai ser fácil. Mas honrar o nome do Fuad é um ideal que jamais abrirei mão", disse.
A causa da morte foram as consequências das complicações do câncer. Ele sofreu uma parada cardiorrespiratória às 22h de ontem, foi reanimado, mas respirava com aparelhos. Segundo a equipe médica, estava com insuficiência renal aguda e entrou em choque cardiogênico -quando o coração não consegue bombear sangue para os outros órgãos.
Nascido em Belo Horizonte, o prefeito deixa esposa, dois filhos e quatro netos. "Fuad era conhecido por seu trato gentil, sua capacidade de escuta e seu amor por Belo Horizonte. Um homem público íntegro, cuja história se confunde com o desenvolvimento da nossa cidade", declarou a Prefeitura de Belo Horizonte, em nota.
Nas eleições de 2024, o político do PSD reuniu uma frente de esquerda para vencer Bruno Engler (PL) no segundo turno. Foi apoiado pelo presidente Lula e por dois rivais do primeiro turno, Rogério Correia (PT) e Duda Salabert (PDT). Acabou reeleito com 53,73% dos votos, contra 46,27% do adversário, e citou a "virada história" em seu discurso de vitória -Engler ficou na frente no primeiro turno.
Fuad tomou posse virtualmente no dia 1º de janeiro. Ele não esteve presencialmente no ato oficial na Câmara de BH, devido à imunidade baixa por ter sido submetido ao tratamento contra o câncer.
O vice-prefeito Álvaro Damião (União) vinha governando a cidade interinamente desde janeiro. Damião lamentou a morte de Fuad. "Ele nos deixa um exemplo de vida e um legado de compromissos com a causa pública. Não vai ser fácil. Mas honrar o nome do Fuad é um ideal que jamais abrirei mão", disse.

Fuad Noman, em foto de arquivo Imagem: Reprodução/Instagram/@fuad_noman
Quem foi Fuad Noman
Vice-prefeito de Alexandre Kalil (Republicanos), Fuad assumiu a prefeitura em 2022. O então prefeito, em seu segundo mandato, renunciou ao cargo para se candidatar ao governo de Minas Gerais naquele ano. No primeiro mandato de Kalil (2017-2020), Fuad foi secretário de Fazenda da cidade.
Antes, atuou em outros cargos da administração federal e municipal. Formado em Ciências Econômicas pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília, começou a trabalhar no serviço público como funcionário do Banco Central. Foi secretário da Fazenda de MG entre 2003 e 2006 e secretário de Transportes e Obras Públicas entre 2007 e 2010. Também trabalhou como secretário-executivo da Casa Civil no governo FHC e foi consultor do FMI e presidente da Gasmig (Companhia de Gás de Minas Gerais) em 2011.
Escritor do livro "Cobiça", Fuad foi criticado pela obra durante as eleições. Seu rival afirmou em propagandas eleitorais que o texto era erótico. O livro conta a história de uma mulher que investiga o passado de sua família -o trecho criticado por Engler é o de quando a personagem conta sobre um estupro que ela teria sofrido aos 12 anos.
Fuad passou por quatro internações entre o final novembro e o início de janeiro. A primeira entrada no hospital Mater Dei, em 28 de novembro, ocorreu por dores nas pernas em consequência do tratamento contra o câncer. Dias depois, em 10 de dezembro, ele foi internado com quadro de pneumonia e sinusite. No dia 19, voltou com diarreia e desidratação - recebeu alta em 23 de dezembro.
Internado, Fuad não compareceu à diplomação e, por recomendação médica, participou da posse virtualmente. Ao lado da primeira-dama, Mônica Drumond, o prefeito fez o juramento com dificuldades para falar. Seu discurso foi lido pelo vice.
Muita gente tem me perguntado o porquê de eu estar aqui, um homem de 77 anos, disputando uma pesada eleição, em vez de curtir os netos, ficar com a família no sítio ou viajar. Nos últimos meses, tive que ser hospitalizado, o que aumentou a curiosidade de amigos. A resposta é muito simples, estou aqui por muito amor a essa cidade e a sua gente.
Trecho do discurso de Fuad na posse, lido pelo vice-prefeito
Dois dias depois, em 3 de janeiro, o prefeito voltou ao hospital com insuficiência respiratória aguda. O quadro se agravou desde então, até a parada cardíaca e o falecimento nesta quarta-feira.
Uol
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/03/26/morre-fuad-noman-prefeito-de-belo-horizonte.htm
Dois dias depois, em 3 de janeiro, o prefeito voltou ao hospital com insuficiência respiratória aguda. O quadro se agravou desde então, até a parada cardíaca e o falecimento nesta quarta-feira.
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