Cyro Fiuza
Nesta quarta-feira, feriado de 1º de Maio, completam-se 30 anos da morte de Ayrton Senna da Silva, maior ídolo do esporte brasileiro ao lado de Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé. Considerado por muitos o melhor piloto de todos os tempos da Fórmula 1 e do automobilismo mundial, o paulistano Senna morreu em 1º de maio de 1994, durante a disputa do GP de San Marino, circuito de Imola, na Itália.
Senna morreu aos 34 anos ostentando o título de tricampeão mundial, no auge de sua carreira, e idolatrado pelo público, que já conhecia outros dois pilotos brasileiros campeões mundiais: Emerson Fittipaldi e Nelson Piquet.
Ayrton Senna, Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet em foto clássica no GP de Portugal de 1986 - Foto: Divulgação/F1
Naquele final de semana em Imola, ele não estava preocupado apenas em ganhar mais uma corrida. A questão da segurança nas pistas era algo que o atormentava, e fazia dele o piloto que mais cobrava mudanças junto à Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Na sexta de treinos, Rubinho Barrichello havia batido violentamente sua Jordan. No sábado, a Simtek de Roland Ratzenberger se chocou com um muro a mais de 300 quilômetros por hora. O piloto austríaco morreu instantes após receber os primeiros socorros no autódromo.
A morte de Ayrton Senna até hoje é motivo de polêmica, e o próprio local do óbito - Imola ou centro médico - é confrontado pela imprensa e pelos fãs, sendo que oficialmente ele morreu no hospital Maggiore.
Segundo relatos da época, que no programa Domingo Espetacular do último dia 28 foram relembrados pelo repórter Roberto Cabrini na TV Record, a barra de direção, soldada de improviso para adequar o volante ao estilo de pilotagem do brasileiro, quebrou durante a prova, o que pode ter sido a causa ou uma consequência da batida no muro de proteção.
Com a desaceleração provocada pelo choque com o muro, a perfuração do capacete pela barra de direção quebrada e o choque da cabeça de Senna com a proteção da parte traseira do cockpit criaram uma combinação que vitimou o piloto quase que de imediato.
Ao morrer, Senna pilotava uma William, pela qual fazia apenas sua terceira corrida após ter mudado de equipe. Seu primeiro título mundial veio em 1988, pela Honda McLaren, onde corria em dupla com o francês Alan Prost, um de seus grandes rivais nas pistas. Outros foram o brasileiro Nelson Piquet e o inglês Nigel Mansell. A segunda e a terceira conquistas aconteceram respectivamente em 1990 e 1991, fazendo dele o mais jovem campeão mundial da categoria até aquela data.
Veja teaser do documentário "Senna por Ayrton"
Muitos desses episódios e conquistas serão relembradas pelos brasileiros e pelos amantes do automobilismo mundial nesta quarta-feira, dia 1º. Para marcar a data, homenagens devem acontecer em vários locais. A Globoplay vai exibir, também nesta quarta, os três episódios da série inédita "Senna por Ayrton".
Senna | Teaser Oficial | Netflix Brasil
Outra série que já foi finalizada mas ainda não tem data de estreia (será em 2024, assegura a produção), chama-se "Ayrton Senna, é do Brasil", da Netflix. Ao contrário do primeiro, um documentário, esta será uma minissérie de ficção inspirada na história de vida do piloto brasileiro.
Cyro Fiuza é editor dos sites IPO News e Armazene. Em 1994, recém-chegado à editoria de Esportes do Diario Popular, participou da cobertura da morte de Ayrton Senna.
